quinta-feira, 2 de abril de 2015

Ìyàmì-A senhora do pássaro da noite

Estas senhoras conhecidas por Ìyàmì, ou seja, são seres muito antigos da mitologia africana. Segundo as lendas, foi graças a uma oferenda feita pela mãe de Ode, a elas, que ele conseguiu matar com sua única flecha, o pavoroso pássaro que assombrava determinado reino.

Sua forma mais antiga e mais temida é Osorongá, antiga feiticeira, que da mesma forma que suas irmãs, ABOTÔ, e AIÁ, possuem cabeça, pés e asas de pássaro, e corpo de mulher. Moram nas maiores profundezas dos recantos das matas em cima de árvores. Jamais se socializam, não suportam que as chamemos em vão, a não ser se desejamos guerrear contra alguém.
São mães de Egún, e as Òsúns mais antigas que existem. O certo é que não devemos pronunciar seus nomes sem um motivo justo ou mesmo proferirmos seu Òrókí, palavras litúrgicas, sagradas, que tem o poder de invocá-las independente do local que estejamos.
Também não devemos pronunciar seus nomes, próximos de alguns elementos da natureza, como a terra vermelha, por exemplo. Outro fator importante, é que antes de solicitarmos algum favor delas, devemos estar muito ciente do que pedimos, pois que não poderemos mais tarde nos arrepender e voltarmos atrás.

Zeladores mais antigos ensinavam que não se deviam cultuar esses seres em residências onde houvesse crianças. Muitos deles tinham verdadeiro pavor até mesmo em proferir seus nomes. Isso era tabu. Seu culto sempre foi um dos mais secretos no Candomblé e sua cerimônia de padê, somente é presenciado pelos iniciados na casa e assim mesmo, que tenham certo tempo de feitos. Um abiã, (iniciando), um cliente, jamais presencia esta cerimônia.

 Muitos acreditam que sem a preparação do encantamento do Òrìsá em nossas cabeças, elas podem até mesmo nos matar. São seres de poder imenso e, que uma vez invocados nada nem ninguém poderá subjugá-las. Em sua cerimônia de padê, geralmente as mulheres é que participam, assim mesmo, dependendo da qualidade de seu santo.

Uma pessoa de Òsàlá, por exemplo, participa da cerimônia, mas tão somente como observador e não como parte ativa. Suas oferendas são entregues em primeiro lugar, para depois então agradarmos as demais entidades, antes de iniciarmos os festejos de um terreiro de Candomblé.
O que se sabe, elas não possuem filhos, ou seja, não se raspa uma pessoa para Ìyàmì, se por ventura existe alguém que seja seu filho, é necessário que o sacerdote recorra a Ifá, e se aconselhe sobre qual santo deve ser encantado, dado que não é qualquer outro santo que pode ser feito em seu lugar.

Somente algumas qualidades poderiam substituir as mesmas. Se precisarmos de um favor delas, devemos nos preparar muito antes, afinal é seres muito antigos, desconhecem muitas coisas, porém, conhecem segredos que jamais poderíamos imaginar que existem. Quando provocadas, causam terrores inimagináveis na vida de quem às provocou.
Antigos zeladores, elas seriam as Bruxas do Candomblé, e como tais, com muito conhecimento tanto para o bem como para o mal. Dado a isso, esses antigos sacerdotes sempre buscavam alternativas diversas antes de invocarem seus nomes e sua presença. Também nos ensinavam que: uma pessoa, sem o devido preparo e conhecimento necessário, jamais deve se atrever a invocar essas poderosas feiticeiras.

As Senhoras dos Pássaros da Noite quando se pronuncia o nome de Ìyàmì Òsòróngá, quem estiver sentado deve levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois se trata de temível Òrìsá, a quem se deve apreço e encantamento. ((texto de Rita de Cássia) Pesquisados entre os livros, Jorge Amado) Huilhan Bascom. Ìyàmì ÒSÒRÒNGÀ é a síntese do poder feminino, claramente manifesto na possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo.

Quando os Yorùbás dizem “nossas mães queridas” para se referirem às Ìyá Mi, tentam, na verdade, apaziguar os poderes terríveis dessa entidade. Donas de um àse tão poderoso quanto o de qualquer Òrìsá, as Ìyàmì tiveram seu culto difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de março e maio, que antecedem o início das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade. Poder procriador tornou-se conhecidas como às senhoras dos pássaros e sua fama de grandes feiticeiras as associou à escuridão da noite; por isso também são chamadas de Eleyé e as corujas são seus maiores símbolos.

A sua relação mais evidente é com o poder genital feminino, que é o aspecto que mais aproxima a mulher da natureza, ou seja, dos acontecimentos que fogem à explicação e ao controle humano. Toda mulher é poderosa porque guarda um pouco da essência das Ìyàmì; a capacidade de gerar filhos, expressa nos órgãos genitais femininos, sempre assustou os homens e as cantigas entoadas durante o festival Gèlèdè fazem alusão a esse terrível poder que não pertence apenas às Ìyàmì, mas a qualquer mulher Mãe destruidora, hoje te glorifico:

O velho pássaro não se aqueceu no fogo. O velho pássaro doente não se aqueceu ao sol. Algo secreto foi escondido na casa da Mãe. Honras à minha Mãe! Mãe cuja vagina atemoriza a todas as Mães cujos pêlos púbicos se enroscam em nós. Mãe que arma uma cilada arma uma cilada. Mãe que tem potes de comida em casa. As mães são compreendidas como a origem da humanidade e seu grande poder reside na decisão que tomar sobre a vida de seus filhos. É a mãe que decide se o filho deve ou não nascer e, quando ele nascer, ainda decide se ele deve viver.

A mulher, especialmente nas sociedades antigas, tinha inúmeros recursos para interromper uma gravidez. E, até os primeiros anos de vida, uma criança depende totalmente de sua mãe; se faltarem seus cuidados a criança não vinga. Em síntese, todo ser humano deve a vida a uma mulher. Se todas as mulheres juntas decidissem não mais engravidar, a humanidade estaria fadada a desaparecer. Esse é o poder de Ìyàmì: mostrar que todas as mulheres juntas decidem sobre o destino dos homens. Mãe todo-poderosa, mãe do pássaro da noite.

Grande mãe com quem não ousamos coabitar Grande mãe cujo corpo não ousa olhar. Mãe de belezas secretas que esvazia a taça Que fala grosso como homem, Grande, muito grande, no topo da árvore Iroko, Mãe que sobe alto e olha para a terra Mãe que mata o marido, mas dele tem pena. Ìyá Mi é a sacralização da figura materna, por isso seu culto é envolvido por tantos tabus. Seu grande poder se deve ao fato de guardar o segredo da criação. Tudo que é redondo remete ao ventre e, por conseqüência, as Ìyá Mi.

O poder das grandes mães é expresso entre os Òrìsás por Òsún, Yemonjá e Nanã Burukun, mas o poder de Ìyàmì é manifesto em toda mulher, que, não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu. As denominações de Ìyàmì expressam suas características terríveis e mais perigosas e por essa razão seus nomes nunca devem ser pronunciados; mas quando se disser um de seus nomes, todos devem fazer reverencias especiais para aplacar a ira das grandes Mães e, principalmente, para afugentar a morte.

As feiticeiras mais temidas entre os Yorùbás e nos candomblés do Brasil são as Àjé e, para referir-se à elas sem correr nenhum risco, diga apenas Eleyé, Dona do Pássaro. O aspecto mais aterrador das Ìyàmì e o seu principal nome, com o qual se tornou conhecida nos terreiros, é Osorongá, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro de mesmo nome e rompe a escuridão da noite com seu grito assustador. As Ìyàmì são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte.
Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas em seu aspecto benfazejo, é o grande ventre que povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo tipo de maldição e tornam-se senhoras da morte. O lado bom de Ìyàmì é expresso em divindades de grande fundamento, como Apàökan, a dona da jaqueira, a verdadeira mãe de Òssóssí Dizem que o deus caçador encontrou mel aos pés da jaqueira e em torno dessa árvore formou-se a cidade de Ketú.

Os assentamentos de Ìyàmì ficam juntos as grandes árvores como a jaqueira e geralmente são enterrados, mostrando a sua relação com os ancestrais, sendo também uma nítida representação do ventre. As Ìyàmì, juntamente com Èsú e os ancestrais. É evocado nos ritos de Ipadé, um complexo ritual que, entre outras coisas, ratifica a grande realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem à vida, integrarão o corpo das Ìyàmì, que são, na verdade, as mulheres ancestrais. A grande mãe feiticeira.

O grande segredo de todas as nações que envolvem Òrìsá, sabedoria encantamento. Aprendam sobre a grande mãe só assim começaram a entender os grandes mistérios que envolvem o candomblé, a magia que encanta o feitiço que apavora a realidade de cada ser humano espelhados no mistério das Ìyàmì.

As Senhoras dos Pássaros da Noite quando se pronuncia o nome de Ìyàmì Òsòròngá, quem estiver sentado deve levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois se trata de temível Òrìsá, a quem se deve apreço e acatamento. ((texto de Rita de Cássia) Pesquisados entre os livros, Jorge Amado) Huilhan Bascom. Ìyàmì ÒSÒRÒNGÀ é a síntese do poder feminino, claramente manifesto na possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo.
Quando os Yorùbás dizem “nossas mães queridas” para se referirem às Ìyàmì, tentam, na verdade, apaziguar os poderes terríveis dessa entidade. Donas de um àse tão poderoso quanto o de qualquer Òrìsá, as Ìyàmì tiveram seu culto difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de março e maio, que antecedem o início das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade.

Poder procriador tornou-se conhecidas como às senhoras dos pássaros e sua fama de grandes feiticeiras as associou à escuridão da noite; por isso também são chamadas de Eleyé e as corujas são seus maiores símbolos. A sua relação mais evidente é com o poder genital feminino, que é o aspecto que mais aproxima a mulher da natureza, ou seja, dos acontecimentos que fogem à explicação e ao controle humano.

Toda mulher é poderosa porque guarda um pouco da essência das Ìyàmì; a capacidade de gerar filhos, expressa nos órgãos genitais femininos, sempre assustou os homens e as cantigas entoadas durante o festival Gèlèdè fazem alusão a esse terrível poder – que não pertence apenas às Ìyàmì, mas a qualquer mulher Mãe destruidora, hoje te glorifico: O velho pássaro não se aqueceu no fogo. O velho pássaro doente não se aqueceu ao sol. Algo secreto foi escondido na casa da Mãe… Honras à minha Mãe! Mãe cuja vagina atemoriza a todas as Mães cujos pêlos pubianos se enroscam em nós. Mãe que arma uma cilada.

Mãe que tem potes de comida em casa. As mães são compreendidas como a origem da humanidade e seu grande poder reside na decisão que tomar sobre a vida de seus filhos. É a mãe que decide se o filho deve ou não nascer e, quando ele nascer, ainda decide se ele deve viver. A mulher, especialmente nas sociedades antigas, tinha inúmeros recursos para interromper uma gravidez e, até os primeiros anos de vida, uma criança depende totalmente de sua mãe; se faltarem seus cuidados a criança não vinga.

Em síntese, todo ser humano deve a vida a uma mulher. Se todas as mulheres juntas decidissem não mais engravidar, a humanidade estaria fadada a desaparecer. Esse é o poder de Ìyàmì: mostrar que todas as mulheres juntas decidem sobre o destino dos homens. Mãe todo-poderosa, mãe do pássaro da noite. Grande mãe com quem não ousamos coabitar Grande mãe cujo corpo não ousa olhar. Mãe de belezas secretas que esvazia a taça.

Que fala grosso como homem, Grande, muito grande, no topo da árvore Iroko, Mãe que sobe alto e olha para a terra Mãe que mata o marido, mas dele tem pena. Ìyàmì é a sacralização da figura materna, por isso seu culto é envolvido por tantos tabus. Seu grande poder se deve ao fato de guardar o segredo da criação. Tudo que é redondo remete ao ventre e, por conseqüência, as Ìyàmì.

O poder das grandes mães é expresso entre os Òrìsás por Òsún, Yemonjá e Nanã Burukun, mas o poder de Ìyàmì é manifesto em toda mulher, que, não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu. As denominações de Ìyàmì expressam suas características terríveis e mais perigosas e por essa razão seus nomes nunca devem ser pronunciados; mas quando se disser um de seus nomes, todos devem fazer reverencias especiais para aplacar a ira das grandes Mães e, principalmente, para afugentar a morte.

As feiticeiras mais temidas entre os Yorùbás e nos candomblés do Brasil são as Àjé e, para referir-se a elas sem correr nenhum risco, diga apenas Eleyé, Dona do Pássaro. O aspecto mais aterrador das Ìyàmì e o seu principal nome, com o qual se tornou conhecida nos terreiros, é ÒSÒRÒNGÀ, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro de mesmo nome e rompe a escuridão da noite com seu grito assustador.
As Ìyàmì são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte. Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas em seu aspecto benfazejo, é o grande ventre que povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo tipo de maldição e tornam-se senhoras da morte. O lado bom de Ìyàmì é expresso em divindades de grande fundamento, como Apàökan, a dona da jaqueira, a verdadeira mãe de Òssóssí Dizem que o deus caçador encontrou mel aos pés da jaqueira e em torno dessa árvore formou-se a cidade de Ketú.

Os assentamentos de Ìyàmì ficam juntos as grandes árvores como a jaqueira e geralmente são enterrados, mostrando a sua relação com os ancestrais, sendo também uma nítida representação do ventre. As Ìyàmì, juntamente com Èsu e os ancestrais. É evocado nos ritos de Ipadé, um complexo ritual que, entre outras coisas, ratifica a grande realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem à vida, integrarão o corpo das Ìyàmì, que são, na verdade, as mulheres ancestrais. A grande mãe feiticeira.

O grande segredo de todas as nações que envolvem Òrìsá, sabedoria encantamento. Aprendam sobre a grande mãe só assim começaram a entender os grandes mistérios que envolvem o candomblé, a magia que encanta o feitiço que apavora a realidade de cada ser humano espelhados no mistério das Ìyàmì.


Assentamento de Ìyàmì não é feito individual (para uma determinada pessoa) e sim para uma coletividade e só quem pode cuidar deste assentamento são mulheres, não se raspa ninguém para Ìyàmì a qual não se manifesta em nenhuma pessoa. Ìyàmì pertence à Nação Ketú e a mais nenhuma Nação.

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